Política

Vereadora parabeniza Defensoria por pedir R$200 milhões de indenização ao Atakarejo para fundo contra o racismo

A vereadora aproveitou para cobrar da esclarecimentos da rede de supermercados à população e às comissões da Câmara de Vereadores

Presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Democracia Makota Valdina, a vereadora Marta Rodrigues (PT) disse que foi mais do que justa a decisão da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) de mover uma ação civil pública pedindo indenização R$ 200 milhões ao supermercado Atakarejo, motivada pela morte de Bruno e Yan Barros, entregues por seguranças do estabelecimento a traficantes que executaram o crime.

“Parabenizo a Defensoria, e em especial o Grupo de Trabalho de Igualdade Racial, que ajuizou a ação junto com a coordenação da Especializada de Proteção aos Direitos. A DPE tem atuado corajosamente e amparada na Justiça, nos valores de humanidade e de reparação social, ao propor que a indenização seja utilizada para um fundo estadual e para estabelecer políticas de combate ao racismo”, declarou.

Para Marta, a ação civil movida pela Defensoria mostra que a instituição tem comprometimento com a população negra e está constantemente pautada pela justiça social e contra o racismo estrutural. “É uma Defensoria que muito nos orgulha”, declarou.

Esclarecimentos – No dia 26 de julho, três meses após a morte dos jovens, a Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina Pinto, a Comissão de Reparação e a Comissão de Cultura, todas da Câmara Municipal de Salvador, enviaram uma carta aberta à sociedade cobrando a participação dos gestores nas reuniões dos colegiados sobre o caso, além da urgência da empresa em se comprometer publicamente com mudanças estruturais em sua organização, estando em consonância com os Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento foi assinado pelos presidentes das Comissões, vereadora Marta Rodrigues, do PT (Direitos Humanos); Silvio Humberto, do PSB (Cultura) e Suíca, do PT (Reparação)

“É preciso que a rede se pronuncie, preste um esclarecimento, tenha respeito com a população baiana e se comprometa com mudanças. Esse silêncio e não comparecimento às reuniões das comissões é desrespeitoso com a Câmara e com a população”, declarou Marta.

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