Sindicato fala em greve de professores e ataca secretário da educação: “é um ditador de plantão”
Segundo Rui Oliveira, da APLB, a volta presencial às aulas foi um "vexame"
O presidente do Sindicato dos Professores da Bahia (APLB), Rui Oliveira, ironizou a afirmação do secretário municipal da Educação de que os profissionais que não compareceram às escolas podem sofrer punições administrativas. Ele também afirmou ao portal Metro1, na tarde desta segunda-feira (3), que os professores podem entrar em greve geral a partir do final dessa semana.
“Já ficamos 115 dias de greve, tivemos salário cortado por quatro meses, e a greve continuou. Então, a essa ditadura já estamos vacinados. Não tem problema. Ele é um ditador de plantão”, afirma.
Em entrevista nesta segunda-feira (3) à Rádio Metropole, o secretário municipal da Educação, Marcelo Oliveira, havia falado em “medidas administrativas” aos professores faltosos.
“O professor tem direitos e deveres. Houve uma convocação por decreto municipal para que eles voltassem e foi amplamente divulgado. Quando ele não vai, claro que fica ao alcance de medidas administrativas”, disse.
Segundo Rui Oliveira, a volta presencial às aulas foi um “vexame”, sem aulas em praticamente 90% das escolas municipais. “Nem os pais mandaram os alunos, praticamente zero, um vexame muito grande. Ele pode dizer que tem que abrir a escola, é o problema dele. Agora, como funciona? Isso não funcionou”, conta.
O representante afirma que os professores atenderam o apelo da APLB. “Não vão, não foram, e não irão. E pode ir para greve geral a partir desse final de semana”.