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Entre lesões e Covid-19, Rodrigo Chagas não consegue montar Vitória ideal e sofre no Baiano

Com 11 desfalques, Rubro-Negro foi derrotado pelo Jacuipense e tem situação delicada no Campeonato Baiano: depende de uma combinação de resultados para chegar às semifinais

As lesões de jogadores do Vitória têm tirado o sono de Rodrigo Chagas, que se vê impedido de repetir escalações e dar sequência à equipe titular. Somente na derrota para o Jacuipense, no último fim de semana, pelo Campeonato Baiano, o treinador precisou lidar com 11 desfalques de ordem médica.

O resultado deixou a equipe em situação delicada na competição. Para chegar às semifinais, o Rubro- Negro precisa vencer o Flu de Feira na última rodada e torcer por uma combinação de resultados.

Além dos quatro atletas que testaram positivo para Covid-19 (Fernando Neto, Ronaldo, David e Gabriel Bispo), Chagas não pôde contar com Pedrinho, Marcelo Alves, Raul Prata, Guilherme Rend, Vico, Lucas Arcanjo e Gabriel Santiago, este último com uma lesão de ligamento, que exige um tempo maior de recuperação.

Em entrevista concedida após o revés diante do Jacuipense, o treinador se queixou da situação.

  • Você perde muito. Acho que a gente tem que ter uma sequência com esses atletas, podendo contar com o elenco todo. Até porque eu não pude, ainda, contar. Sempre tem acontecido alguma coisa em relação aos nossos atletas – afirmou.

Um dos motivos que podem deixar os atletas suscetíveis a lesões é a intensa maratona de jogos a que o Rubro-Negro está submetido.

Para se ter ideia do calendário frenético, a última vez que o Vitória teve uma semana aberta para treinamentos foi entre os jogos entre Santa Cruz e Ceará, realizados nos dias 27 de fevereiro e 6 de março, respectivamente.

De lá para cá, foram sempre dois jogos com intervalo de menos de sete dias.

Para prevenir as lesões, o Vitória aposta no trabalho regenerativo após os jogos. Além disso, Rodrigo Chagas chegou a poupar titulares no Campeonato Baiano.

O problema é que algumas lesões são provocadas por traumas. Nesses casos, não há nada que possa ser feito, como explicou Ednilson Sena, preparador físico do Vitória, em entrevista ao ge.

  • Tem lesões que não tem como evitar. Van tomou um chute o tendão, Raul Prata também sofreu um trauma no jogo contra o Ceará. Pedrinho, contra o Altos, sofreu uma entorse. Cedric a mesma coisa. São lesões que fogem do limite. Marcelo veio com problema de menisco do Vasco. Vitória detectou que o atleta estava sentindo uma dor, fez exame e foi constatado. Não tem como dosar – afirmou.
  • A maratona existe, o Vitória só tem uma equipe. Tem atletas que já fizeram vários jogos, como Wallace e João Victor – disse Ednilson.

O caso de Fernando Neto chama atenção porque ele se lesionou e está fora da equipe há dois meses. Quando se recuperou e estaria liberado para jogar, contraiu Covid-19.

Outro que está fora da equipe há mais de um mês é Guilherme Rend, que, nesta temporada, ficou um período sem treinar por causa da negociação envolvendo o Bahia. Ele não atua desde o fim de março.

  • Fernando estaria apto para o jogo, mas pegou a Covid-19. Ele sofreu uma lesão no segundo jogo, contra o Ceará. Guilherme Rend vinha inativo. Passou um período sem treinar resolvendo esse problema contratual, sem saber se ia para o Bahia ou se ficaria no Vitória, e terminou se machucando. De lá para cá, não voltou mais. Treinando com o grupo, se machucou novamente – disse.
  • – O maior problema foi mais trauma – afirmou Sena.
    Como o Vitória tem um grupo de atletas jovens, que subiram há pouco tempo da base, esse também é um fator que tem influência nas lesões, porque são jogadores que estão se acostumando a encarar adversários profissionais e de maior força física.

O clube precisou fazer um trabalho especial com Caíque Souza e Ruan Levine, por exemplo, que entraram no segundo tempo da partida contra o Jacuipense.Quando você tem um grupo com atletas jovens, eles vêm ganhando uma forma física melhor, porque a suplementação no profissional é melhor, o acompanhamento. A estrutura que ele encontra é melhor. O acompanhamento na base não é o mesmo. A competitividade com atletas profissionais é diferente. O número de jogo, a sequência. A gente passou dois meses sem ter uma folga no meio de semana. Tudo isso influencia – afirmou Ednilson Sena.

  • Caíque, nós recuperamos o jogador. Está mais forte. Ruan Levine a mesma coisa. É um trabalho de médio prazo – disse o preparador físico do Vitória.

Além dos desfalques por Covid-19 e lesões, o Vitória também não terá Samuel na última rodada, por causa da polêmica expulsão no fim de semana. A equipe rubro-negra entra em campo nesta quarta-feira, às 19h30 (horário de Brasília, para enfrentar o Flu de Feira no Barradão.

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